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Dentre os principais modais de transporte utilizados no Brasil, o rodoviário concentra 60% da movimentação de cargas, sendo o mais difundido entre as empresas de cargas frigorificadas.

Neste cenário surgem as segmentações de serviços correspondentes às demandas específicas de transporte para determinados produtos que podem sofrer algum tipo de deterioração e exigem mais atenção, é o caso do transporte de cargas frigorificadas.

O desafio dos frigorificados

Ao tratar do transporte de frigorificados, estamos abordando um dos temas mais desafiadores para a logística.

Nesse segmento, a garantia da qualidade e a integridade do produto estão diretamente ligados a eficácia da gestão logística.

Diferente do transporte de cargas gerais, com as mercadorias frigoríficas é necessário se adequar as normas da Anvisa e a outras exigências que variam conforme o estado ou município onde a empresa está localizada.

As boas práticas de gestão logística no transporte desse segmento podem contribuir não só para o cumprimento das exigências legais, mas também em quesitos com o diferencial competitivo da empresa.

Assim, elaboramos um passo a passo rápido e em ordem cronológica das etapas fundamentais para atingir a excelência na gestão logística no transporte de cargas frigorificadas.

Torre de Controle: da personalização à visibilidade em tempo real

Na prática: o passo a passo para a excelência das cargas

1. Início dos processos

Tudo começa com a programação da carga ao receber o pedido do cliente, analisar e planejar a data e o horário da coleta e da entrega é uma etapa importante para se ter clareza do esforço necessário para fazer a mercadoria chegar com qualidade.

Nesse segmento, muitos clientes trabalham com agendamento, principalmente grandes atacados e centros de distribuição.

Vale lembrar que alguns mercados estão situados em centros urbanos, onde — dependendo da região — há restrição de horário para caminhões e veículos de entrega.

2. Frete de envio

O segundo passo é a contratação de frete. Nessa etapa, critérios de atendimento logístico são unificados com o gerenciamento de risco.

É indispensável buscar um parceiro que tenha equilíbrio nos pilares: preço, cumprimento das regras de gerenciamento de risco e atendimento da janela de entrega.

Preferencialmente faça o uso de um sistema de tendering ou bidding (licitação) para ofertar a carga a seus parceiros, automatizando processos e aumentando a produtividade do time de programação.

3. Conferência das cargas

Após a contratação do frete é necessário efetuar o checklist, ou seja, avaliar se o veículo contratado atende os padrões exigidos para transportar cargas frigorificadas.

Nesta fase é avaliado se o veículo possui um rastreador instalado para que, posteriormente, seja realizado o monitoramento da carga.

Também são feitas verificações como o funcionamento do thermo king e do sensor do thermo king, que irá registrar uma possível anormalidade na temperatura da mercadoria.

4. Monitoramento

Com o checklist feito, é hora de viajar e começar o monitoramento da carga, sendo esse processo o coração da gestão de logística no transporte frigorificado.

Dividimos essa etapa em três pilares específicos para o segmento frigorificado:

Visibilidade logística com cargas frigorificadas

  • Oferece informações em tempo real do caminhão e da carga sem necessidade de acessar um SAC para realizar o
  • tracking
  • (rastreamento) da mercadoria. Nessa etapa, é interessante também dar essa visibilidade para seu cliente final, assim ele consegue se planejar para o recebimento da carga.
  • Priorize o uso de um sistema que faça isso de forma online.

Controle de temperatura de cargas frigorificadas

Tem a missão de garantir que a carga seja transportada nos parâmetros aceitáveis de temperatura por tipo de produto (lembrando que a carga frigorificada pode ser congelada ou refrigerada).

Ao transportar uma picanha, por exemplo, o congelamento faz com que a qualidade do produto diminua, então, o ideal para esse item é o transporte refrigerado. Quando falamos do transporte de peito de frango, congelar é aceitável. Confira abaixo alguns parâmetros:

  • Refrigeração: ao redor de 4 °C, com tolerância até 7 °C.
  • Resfriamento: em torno de 6 °C, não ultrapassando 10 °C ou conforme especificação do fabricante expressa na rotulagem.
  • Congelamento: a -18 °C com tolerância até -15 °C.

Previsibilidade de ofensores para cargas frigorificadas

Nesse pilar o foco está na proatividade. Com os dados do monitoramento da carga em tempo real é recomendado que toda informação seja aproveitada.

Assim, o time de logística consegue identificar um possível atraso na entrega ou até mesmo um veículo parado na descarga por um tempo fora do padrão e que possa gerar um custo com diária ou estadia, por exemplo.

Outro ponto está relacionado ao controle de temperatura: é interessante contar com um sistema que faça o disparo automático de alerta caso a temperatura esteja fora do padrão aceitável.

5. Visibilidade é importante para o transporte de cargas!

O último passo é contar com painéis de indicadores e dashboards gerenciais, uma visão centralizada que organiza dados e proporciona visibilidade de todas as etapas do processo logístico.

Algumas das informações mais comuns e essenciais para o segmento frigorificado são:

  • SLA de atendimento das transportadoras;
  • on-time de coleta e entrega;
  • custos com diárias e estadias;
  • quebra de parâmetros de temperatura por transportadora.

Por fim, ainda que pareça clichê mencionarmos, é importante contar com processos bem definidos e pessoas capacitadas — uma realidade que será mantida e necessária por muito tempo — assim como dispor da tecnologia imprescindível para maximizar esses processos e potencializar o resultado dos profissionais.

Entre em contato conosco para saber mais sobre nossas soluções!

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